segunda-feira, 25 de junho de 2012

AS LINHAS MESTRAS DA AVALIAÇÃO DOS SISTEMAS EDUCATIVOS


Nas últimas décadas as sociedades têm sofrido grandes transformações, fruto da globalização e essas mudanças têm, inevitavelmente, atingido a escola.
Autores como Clímaco (2005:148) destacam que “para a sobrevivência das novas sociedades, tornou-se indispensável rever os modelos de educação das novas gerações, nomeadamente no que se refere ao tipo de competências, destrezas e conhecimentos a promover através dos currículos escolares, de modo a prepará-las quer para novos tipos de aprendizagem, quer para a sua integração no mundo do trabalho, ou para se ajustarem à própria instabilidade do mercado de trabalho”.

De acordo com Clímaco (2005:216), avaliar uma escola “significa saber em que medida os alunos, e as suas necessidades de aprendizagem vêm em primeiro lugar nas prioridades da escola e dos seus agentes, e em que medida a escola é um centro de aprendizagem e de desenvolvimento pessoal e profissional, para crianças, jovens e adultos”.
 A resolução das questões e problemas relacionados com a educação devem ser resolvidos de forma articulada e global, dadas as suas implicações noutros domínios da vida social.
Deste modo, em 2001 o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu elaboraram uma recomendação  sobre a Cooperação Europeia para a Avaliação da Qualidade da Educação Escolar, salientando a necessidade de se :

- “incentivar a auto-avaliação dos estabelecimentos de ensino como método para promover a aprendizagem e melhorar as escolas (…) tornando os seus objetivos claros (…) coerentes com outras formas de regulação;
- apoiar a formação na gestão e utilização de instrumentos de auto-avaliação, de modo a fazer com que a auto-avaliação funcione efetivamente como um instrumento de reforço da capacidade de melhoria das escolas;
- apoiar a capacidade das escolas aprenderem reciprocamente, a nível nacional e europeu, identificando e divulgando boas práticas e instrumentos, como indicadores e critérios de aferição;
- desenvolver a avaliação externa em ordem a dar apoio metodológico à auto-avaliação das escolas e a dar-lhes uma visão exterior que encoraje a sua melhoria como um processo contínuo …”.

Consideramos que estas recomendações não são suficientes para alterar a escola, contudo destacamos Horowitz (1990), citado por Clímaco (2005:24) que refere:

“Mas a mudança fundamental da escola depende de uma mudança de atitude face à questão da qualidade educativa em si mesma, o que pode significar uma alteração na cultura de gestão da escola e da forma estratégica e multi-facetada com que procuram a qualidade”.

Referências Bibliográficas:

Clímaco, Maria do Carmo (2005). Avaliação de Sistemas em Educação. Lisboa. Universidade Aberta.

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