Nas últimas décadas as sociedades têm sofrido grandes
transformações, fruto da globalização e essas mudanças têm, inevitavelmente,
atingido a escola.
Autores como Clímaco (2005:148) destacam que “para a
sobrevivência das novas sociedades, tornou-se indispensável rever os modelos de
educação das novas gerações, nomeadamente no que se refere ao tipo de
competências, destrezas e conhecimentos a promover através dos currículos
escolares, de modo a prepará-las quer para novos tipos de aprendizagem, quer para
a sua integração no mundo do trabalho, ou para se ajustarem à própria
instabilidade do mercado de trabalho”.
De acordo com Clímaco (2005:216), avaliar uma escola
“significa saber em que medida os alunos, e as suas necessidades de
aprendizagem vêm em primeiro lugar nas prioridades da escola e dos seus
agentes, e em que medida a escola é um centro de aprendizagem e de
desenvolvimento pessoal e profissional, para crianças, jovens e adultos”.
A resolução das
questões e problemas relacionados com a educação devem ser resolvidos de forma
articulada e global, dadas as suas implicações noutros domínios da vida social.
Deste modo, em 2001 o Parlamento Europeu e o Conselho Europeu
elaboraram uma recomendação sobre a
Cooperação Europeia para a Avaliação da Qualidade da Educação Escolar,
salientando a necessidade de se :
- “incentivar a auto-avaliação dos estabelecimentos de ensino
como método para promover a aprendizagem e melhorar as escolas (…) tornando os
seus objetivos claros (…) coerentes com outras formas de regulação;
- apoiar a formação na gestão e utilização de instrumentos de
auto-avaliação, de modo a fazer com que a auto-avaliação funcione efetivamente
como um instrumento de reforço da capacidade de melhoria das escolas;
- apoiar a capacidade das escolas aprenderem reciprocamente,
a nível nacional e europeu, identificando e divulgando boas práticas e
instrumentos, como indicadores e critérios de aferição;
- desenvolver a avaliação externa em ordem a dar apoio
metodológico à auto-avaliação das escolas e a dar-lhes uma visão exterior que
encoraje a sua melhoria como um processo contínuo …”.
Consideramos que estas recomendações não são suficientes para
alterar a escola, contudo destacamos Horowitz (1990), citado por Clímaco
(2005:24) que refere:
“Mas a mudança fundamental da escola depende de uma mudança
de atitude face à questão da qualidade educativa em si mesma, o que pode
significar uma alteração na cultura de gestão da escola e da forma estratégica
e multi-facetada com que procuram a qualidade”.
Referências Bibliográficas:
Clímaco, Maria do Carmo (2005). Avaliação de Sistemas em
Educação. Lisboa. Universidade Aberta.
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